segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Saúde Sexual e Reprodutiva - Direitos e Responsabilidades

As múltiplas formas de viver, até este século na Europa tem sido escassas uma vez que as doenças garantiam que cerca de metade das crianças morreriam até ao cinco anos de idade e que ou a mãe ou o pai morreria antes de o filho mais novo chegar à idade adulta. Ser e estar na vida é pois hoje em dia completamente diferente para ambos os sexos, quando comparado com o passado ainda recente. As mulheres estão a ter cada vez menos filhos do que há vinte anos atrás, contudo continua a ser dramático as elevadas taxas de gravidez na adolescência em todos os países do mundo.
A elevada taxa de fertilidade continua a debilitar os processos de desenvolvimento, pelo que as mulheres e os homens dos países menos desenvolvidos têm todo o interesse em organizar-se para terem acesso a serviços de saúde reprodutiva e não ficarem à espera que alguém os venha socorrer.
A contracepção é um dos avanços mais importantes do século XX pois permite a responsabilidade individual e do casa em ralação às decisões reprodutivas.
O planeamento familiar não é só um direito, é também um dever e uma manifestação de responsabilidade humana. Para uma mulher ou para um homem, ser mãe ou pai, ter um filho, amá-lo e criá-lo é um projecto de longo curso que deve ser reflectido com muito cuidado. 
Em muitas zonas do mundo, quando se perde a mãe, perde-se a família porque se perdeu a principal provedora económica, é portanto necessário fortalecer a vontade dos políticos ao mais alto nível em todo o mundo para que entendam a importância que tem a saúde das mulheres. Segundo um relatório da UNICEF “o facto de que deixamos morrer 1500 mulheres por cada dia do ano como resultado da gravidez ou do parto é um dos escândalos do final do século XX que menos protestos suscitam.”
O trabalho das mulheres e dos homens, quer nos países em desenvolvimento quer dos desenvolvidos, no quadro das ONG, é importante para que a maternidade segura passe a ser uma das prioridades de qualquer governo que se respeite. Poder procriar em segurança tem toda a dignidade dos direitos humanos. Já constava da Declaração Universal dos Direitos Humanos que “ a maternidade e a infância têm direitos a ajuda e a assistência especiais”.
A plataforma de Pequim conseguiu um acordo ao fim de longas negociações. Esse texto diz que : “ Os direitos humanos das mulheres incluem o direito de controlar os aspectos relacionados com a sua sexualidade, incluindo a saúde sexual e reprodutiva, e de decidir e responsavelmente sobre essas questões, sem coacção, discriminação ou violência. As relações igualitárias entre homens e mulheres no domínio da sexualidade e da reprodução, incluindo o respeito pleno pela integridade da pessoa, exigem o respeito e consentimento recíprocos, e uma partilha das responsabilidades no que se refere ao comportamento sexual e às suas consequências”.  

Bibliografia
AMORIM, Carlos;  AGUIAR, M. Isabel chorão; MOREIRA, M. Margarida, Filosofia 10; Areal Editores; 2003

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