O Programa Combate à Violência Contra a Mulher tem por objetivo combater a violência doméstica e sexual contra a mulher. | | | |
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Não existe apuração atualizada dos índices de estupro no
país e nem dos índices de violência doméstica. De acordo com os dados da
pesquisa elaborada pelo CNDM/Secretaria de Gestão - MP, no ano de 1999,
foram registradas 4.697 ocorrências de estupro nas Delegacias
Especializadas no Atendimento à mulher - DEAM's. De acordo com os dados
do MJ/SENASP/DECASP/Coordenação de Estatísticas e Acompanhamento das
Polícias, foram registrados 15.122 estupros em todas as Delegacias do
Brasil, em 1999, correspondendo a um índice de 9,22, referente ao
indicador Taxa de Mulheres Vítimas de Violência Sexual. Em 2000, houve
14.881 casos, tendo por índice 8,78, o que indica uma queda nos índices
de estupros. Entretanto, a expectativa de alcançar os índices
previstos até o final do PPA fica prejudicada, porque a maior
conscientização das mulheres vem tornando as questões de violência, por
elas sofridas, mais visíveis. Isto pode, inclusive, levar a uma
distorção na comparação entre os índices de estupro devido, apenas, ao
aumento de denúncias.
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O alcance dos bons resultados nesta área deve-se, em boa
parte, à ação do movimento organizado de mulheres, à criação de novos
conselhos de direitos, de novas delegacias da mulher e de casas-abrigo
para mulheres vítimas de violência e à divulgação na mídia dos direitos
da mulher.
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Existe uma expectativa muito baixa de conseguir reduzir os
índices de violência doméstica, que se referem ao indicador Taxa de
Mulheres Vítimas de Agressão Física no Âmbito Familiar, porque isso
exige ações preventivas, educativas e a intervenção nos vários fatores
agravantes (criação de legislação para punir o agressor e diminuir a
impunidade, combater o uso de álcool e drogas, fatores culturais,
desemprego etc.) que não dependem apenas de mecanismos de denúncia
(Delegacias especializadas), nem de abrigos para a mulher em situação de
risco. Espera-se que os dados sobre violência doméstica sejam melhor
conhecidos a partir da pesquisa nacional de vitimização, prevista para
2003.
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Como principais resultados o Programa apresentou os seguintes:
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1) criação de novas delegacias da mulher - em 1999, eram 305 e, em 2002, são 339;
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2) criação de novas casas-abrigo para mulheres vítimas de
violência: em 2001, eram 49 casas e em 2002, no 1º Encontro Nacional de
casas-abrigo, participaram setenta casas, sendo que ao final do
exercício, serão 78. Este Encontro apresentou a realidade de trabalho
nas casas-abrigo do país, as suas condições de funcionamento e o perfil
das mulheres abrigadas;
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3) formação de redes de enfrentamento da violência nos
estados, como resultado da agregação de outras entidades de combate à
violência na capacitação de policiais das DEAMs. A partir dos resultados
de seis estudos e da Pesquisa sobre condições de funcionamento das
DEAMs, realizados em 2000, várias ações foram implementadas para
melhorar o atendimento, entre elas a capacitação dos policiais e
profissionais das equipes das Delegacias da Mulher dos estados do
Nordeste; Centro-Oeste; Sul (com exceção do Paraná) e Norte (com exceção
do Tocantins). Foram capacitados 1.716 profissionais. Houve uma
sensível melhora no padrão de atendimento às mulheres e estímulo às
denuncias, tirando da obscuridade e da impunidade muitos casos que antes
permaneciam desconhecidos. | |
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