sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Dia Internacional da NÃO violência contra as Mulheres

Estima-se que a cada quatro minutos uma mulher é agredida, seja em seu próprio ambiente familiar ou fora dele. Trata-se de um problema cotidiano, fruto das relações de poder entre homens e mulheres na vida doméstica e na sociedade em geral, baseadas na cultura patriarcal: subordinação, dominação e subvalorização do sexo feminino. Essa vulnerabilidade cultural atinge todas as mulheres, independente de idade, raça/etnia, situação financeira ou credo religioso.

Entende-se por violência contra a mulher qualquer ação ou conduta baseada na discriminação por gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico, tanto no âmbito público como no privado. Assim, a agressão apresenta diversas manifestações, sendo a mais comum a violência doméstica. Ela ocorre geralmente dentro de casa, no ambiente familiar ou em qualquer outra relação interpessoal em que o agressor conviva ou tenha convivido no mesmo domicílio e que compreende, entre outras formas de violência, maus-tratos, agressões físicas e psicológicas, ameaças e violência sexual.

Invisível, tendo inúmeros casos não denunciados e quando denunciados, não punidos, a violência doméstica resulta em diversos danos à saúde da mulher e vem sendo relacionada com o uso excessivo de drogas e álcool, distúrbios gastrointestinais, inflamações ginecológicas, dores de cabeça, asma, ansiedade, depressão e outros distúrbios psíquicos, levando até mesmo a tentativas de suicídio.

A família ainda é considerada um território fora do alcance da lei. O convívio social torna-se um obstáculo para a denúncia e cria bases para a impunidade, pois existe cumplicidade ou indiferença da sociedade com essa forma de violência. Além disso, interfere na qualidade de vida e no desenvolvimento da sociedade em sua diversidade. Torna-se urgente um amplo processo de mobilização social contra a violência doméstica e as demais manifestações de violência contra a mulher.

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