MENSAGEM DO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU
KOFI ANNAN,POR OCASIÃO DO
KOFI ANNAN,POR OCASIÃO DO
DIA INTERNACIONAL PARA A ELIMINAÇÃO DA
VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
25 de Novembro de 2006 (Vale a pena ler novamente)
Fonte: Centro de Informação das Nações Unidas em Bruxelas - RUNIC
A violência contra as mulheres causa enorme
sofrimento, deixa marcas nas famílias, afetando as várias gerações, e empobrece
as comunidades. Impede que as mulheres realizem as suas potencialidades, limita
o crescimento econômico e compromete o desenvolvimento. No que se refere à
violência contra as mulheres, não há sociedades civilizadas.
No mês passado, apresentei um estudo minucioso que
demonstra que metade da humanidade vive sob esta
ameaça – em todos os continentes, em todos os
países e em todas as culturas, independentemente do rendimento, da classe, da
raça ou do grupo étnico. Isto apesar de vivermos num mundo em que os direitos
humanos foram reconhecidos pela lei e garantidos em instrumentos internacionais;
apesar de termos aprendido que o gozo dos direitos humanos é essencial para o
bem-estar dos indivíduos, das comunidades e do mundo; apesar de, na Cúpula
Mundial de 2005, os dirigentes se terem comprometido a redobrar os esforços para
eliminar todas as formas de violência contra as mulheres.
A luta contra este flagelo exige que abandonemos
uma maneira de pensar que é ainda demasiado comum e está demasiado enraizada e
adotemos outra atitude. Que demonstremos, de uma vez por todas que, no que toca
à violência contra as mulheres, não há razões para ser tolerante nem
justificações toleráveis.
Durante anos, as organizações e movimentos de
mulheres de todo o mundo trabalharam incansavelmente para retirar a violência
contra as mulheres do âmbito privado e a colocar na esfera pública, para que o
Estado assuma as suas responsabilidades. Muitos Estados promulgaram e aplicaram
leis eficazes e prestaram serviços integrados e sensíveis às necessidades das
vítimas. E também se registaram progressos na elaboração de normas
internacionais.
É altura de elevar estes esforços a um nível
superior. Nós, nas Nações Unidas, devemos desempenhar um papel de liderança mais
forte, coordenado e visível. Os Estados-membros devem esforçar-se mais por
aplicar o quadro jurídico e político internacional que se comprometeram a
respeitar. E todos nós devemos estabelecer parcerias fortes e eficazes com a
sociedade civil que tem um papel tão decisivo a desempenhar em relação a esta
questão, em todos os níveis.
Devemos trabalhar juntos para criar um ambiente em que a violência contra as mulheres não seja
tolerada. Ao encarregarem-me de realizar esse estudo minucioso, os
Estados-membros das Nações Unidas mostraram que estavam dispostos a fazê-lo.
Agora que dispomos do estudo e das suas recomendações, devemos mobilizar a
vontade política e os recursos necessários. Neste Dia Internacional para
Eliminação da Violência contra as Mulheres, unamos - todos nós, homens e
mulheres -- as nossas forças para cumprir essa missão.
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