quinta-feira, 11 de abril de 2013

Pressão Arterial:

Entenda o que é pressão arterial:

A pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue dentro dos vasos sanguíneos, com a força proveniente dos batimentos cardíacos. Quanto mais sangue for bombeado do coração por minuto, maior será esse valor, que tem dois números: um máximo, ou sistólico, e um mínimo, ou diastólico. O primeiro se refere à força de bombeamento do coração e o segundo, à pressão dos vasos sanguíneos periféricos (braços, pernas e abdome).

A pressão não é fixa e pode variar instantaneamente, dependendo do estado da pessoa no momento (se está em repouso, em atividade, nervosa ou falando alto, por exemplo). O valor é considerado normal quando o máximo atinge até 120 mmHg ou, popularmente, 12, e o mínimo fica na faixa de 80 mmHg, ou 8. É a almejada pressão 12/8.

Abaixo de 9/5, a pressão é considerada baixa, e não se trata de uma doença, mas pode causar mal estar, com tonturas, náuseas ou desmaios. Acima de 13,5/8,5, os valores já são considerados altos. Para alguém ser diagnosticado com hipertensão arterial, precisa ter a pressão medida em estado de repouso, deitado ou sentado, em ambiente calmo e repetir o resultado por mais duas vezes, três minutos após a avaliação anterior. O ideal é que essa confirmação também seja feita em outras ocasiões, para um resultado mais preciso.

A medição deve ser feita preferencialmente no consultório médico, por um cardiologista ou clínico geral. Na impossibilidade disso, é indicado um profissional de saúde capacitado. O paciente também pode fazer a aferição em casa, desde que saiba usar o aparelho (analógico ou digital). Recomenda-se que a pessoa esteja sentada, com o braço semidobrado em cima de uma mesa, cuja altura deve ficar acima do diafragma do indivíduo. É importante saber fazer essa verificação, para não ter uma falsa pressão alta.

Fatores de risco e medicação:


Causas genéticas e familiares respondem por 95% da predisposição para pressão alta, potencializada pelo consumo de sal, gordura e alimentos industrializados, pela obesidade e pela falta de atividades físicas. As mulheres são mais diagnosticadas que os homens, que por sua vez costumam resistir a ir ao médico e tomar remédios. O sexo feminino morre mais de acidente vascular cerebral (AVC) em decorrência da hipertensão, enquanto eles apresentam mais infartos.

Na população adulta brasileira acima de 35 anos, de 20% a 30% têm pressão alta. Entre os idosos com mais de 60 anos, esse índice chega a 50% ou 60%. A maioria das pessoas desenvolve a doença depois dos 25 anos, mas há 3% dos casos entre crianças e adolescentes – motivados principalmente pelos hábitos da vida moderna.

O medicamento contra hipertensão é indicado para pacientes com problema crônico, ou seja, aquele que se estende por um longo período e independe do estado momentâneo da pessoa. Dependendo do caso, como em indivíduos com pressão diastólica mínima de 12, são prescritos até quatro remédios diferentes.

A medicação deve ser individualizada e é recomendada considerando-se fatores como sexo, idade e atividade física. Muitos hipertensos são resistentes a tomar remédio pela ausência, em até metade dos casos, de sintomas, e também pelo fato de alguns comprimidos causarem efeitos colaterais, como a redução da potência sexual entre homens em casos extremos. Segundo uma pesquisa internacional citada pelo cardiologista Nabil Ghorayeb, do Instituto Dante Pazzanese e do Hospital do Coração, as pessoas fazem uso correto dos medicamentos apenas nos primeiros três meses. Ao final de um ano, só 15% a 20% dão continuidade ao tratamento.

Recomendações:

O Ministério da Saúde recomenda que as pessoas consumam no máximo 5 gramas de sal por dia, o equivalente a uma colher de chá. A média de ingestão do brasileiro é de 10 a 14 gramas diários. Para saber a quantidade de sal em um alimento, basta multiplicar o valor de sódio no rótulo de um alimento por 2,5. Por exemplo: um produto com 500 mg de sódio tem 1,25 g de sal.

No ano passado, a Sociedade Brasileira de Cardiologia lançou a campanha “Eu sou 12 por 8" para reduzir o consumo de sal entre a população, com foco em cantinas escolares e produtos industrializados. Estima-se que, se a indústria cortar 20% da concentração de sódio nos alimentos, o número de brasileiros hipertensos cairá cerca de 50%. Por isso, deve-se diminuir a ingestão de enlatados, conservas, temperos como molho shoyu, ketchup e picles, e comida pronta em geral. Para os hipertensos, é indicado ainda eliminar o consumo de bebidas isotônicas e energéticas.

O álcool também influencia na pressão arterial. O limite máximo permitido para que a bebida não cause danos à pressão é de uma dose diária (uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de uísque) para o homem e meia dose para a mulher. Mas, apesar da falta de risco cardiovascular, esse volume já pode ser suficiente para causar dependência.

Por fim, é importante fazer atividade física regularmente, de preferência quatro vezes por semana, durante uma hora cada (15 minutos de aquecimento, 30 minutos de exercício e mais 15 de desaquecimento). As atividades aeróbicas são as mais recomendadas, como caminhar, correr, nadar e andar de bicicleta, pois produzem substâncias que ajudam a controlar a pressão de 12h a 24h após os exercícios.

Os hipertensos devem cuidar com a musculação, pois, quando feita sem controle, pode desencadear o efeito contrário. Fortalecimento muscular também é eficaz duas vezes por semana, durante 30 minutos. Ultrapassar esses limites não trarão benefícios, apenas lesões.
 



FONTE: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/03/entenda-o-que-e-pressao-arterial-os-fatores-de-risco-e-recomendacoes.html

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