segunda-feira, 16 de abril de 2012

Um pouco de história - PRODUTOS CERES‏:



Fundada em 1940, por Edgard Rodrigues da Cunha e seu pai, Gustavo Rodrigues da Cunha, a sociedade Produtos Ceres Ltda. era produtora de derivados de milho (farinha, ração balanceada e a renomada Fubaína).

Em 1952, Edgard a converteu em sociedade anônima e inaugurou, em 1956, “no meio de aplausos dos crentes e das decepções dos pessimistas”, a grande fábrica destinada à produção de óleos vegetais, impressionando a cidade.

Foi um marco na história de Uberaba, cidade até então voltada apenas para a Pecuária, onde o Zebu era a tônica dominante. Edgard conseguiu um financiamento com o Governo da França para a importação de duas super-prensas, as maiores da América do Sul.

Vieram técnicos da França, que aqui permaneceram por vários meses, instalando e dando instruções sobre o uso das máquinas.

Esforços não foram medidos para a implantação da Indústria e, para tanto, foi imprescindível o apoio do então Governador de Minas, Juscelino Kubitschek de Oliveira, que abrilhantou a inauguração, já como Presidente da República.

Daí para frente o crescimento foi contínuo e, se já na montagem, em 1953, o patrimônio (de Cr$ 18 milhões) ultrapassava o valor do capital (de Cr$ 12 milhões), em 1956 aquele atingia Cr$ 95 milhões e, este, 30 milhões, evoluindo ambos, respectivamente para Cr$ 180 milhões e Cr$ 90 milhões, em 1959, e Cr$ 3 bilhões e Cr$ 630 milhões, em 1962, até chegar aos formidáveis Cr$ 15 bilhões de patrimônio e Cr$ 1 bilhão e 45 milhões de capital em 1965, conforme exposto em publicação atinente à indústria.

Foi, pois, o Edgard uberabense, advogado, professor, o autor dessa façanha monumental, tornando-se um dos maiores e mais ousados industriais do país e que, se no discurso da Aciu de 1964 declarara que “as crescentes demandas de óleo de caroço de algodão e de amendoim obrigaram-nos a cuidar somente destes dois produtos”, já o folheto de promoção da indústria, publicado em fins de 1966, alardeava, sob a divisa “Aqui se fabricam os produtos que nos engrandecem”, o processamento, além dos dois óleos citados (Bem-Bom e Banquete), mais o óleo de babaçu (para fabricação de gordura de coco), línter do 1º Corte (para as indústrias de estofamentos) e do 2º Corte (para as fábricas de papel e produtos químicos), farelos, tortas, estearina, borras de algodão e de amendoim (destinadas à fabricação de sabão), torta de amendoim (própria para preparo de rações de bovinos, suínos e aves), e, finalmente, o conhecido sabão Brilhante!

Nessa mesma publicação, divulgava-se a classificação de Produtos Ceres S.A., à época com trezentos empregados, no contexto das indústrias congêneres então existentes no país: 4º lugar, vindo após Anderson Cleyton, Matarazzo e Sanbra, todas de São Paulo.

A matéria-prima (caroço de algodão e amendoim) procedia principalmente da região do Triângulo, vindo também do Estado de São Paulo. Já o milho, o sebo e o coco de babaçu originavam-se do Triângulo e de Goiás.    (FONTE: BILHARINHO, Guido)

4 comentários:

Me lembro na época quando ela parou de vez suas atividades eu era muito criança ainda. Meu pai trabalhava lá eu, meu irmão íamos junto com a minha mãe levar a marmita e entregava pela tela kkkk!! Hoje aqui em Uberaba-MG não se tem mais grandes indústrias. Uma pena eu ter assistido a sua demolição e hoje às estruturas prediais de condomínio no lugar. David Aluísio da Silva Costa (Desempregado)

Então formava se uma montanha de casca de arroz Eu e outros amigos da época íamos com estilingue matar rolinha que eram milhares dela .bastava atirar que pelo menos uma matava.

Gostaria de saber sobre os acidentes de trabalho ocorrido nessa fábrica

Eu via instalacoes desativadAs ao passar na linha !